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No Irã, brasileiros do wrestling aguardam embaixada após ataques de Israel

Vídeos mostram fumaça próximo a Teerã, no Irã - Reprodução/X
Vídeos mostram fumaça próximo a Teerã, no Irã Imagem: Reprodução/X
do UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

14/06/2025 05h30

Atletas brasileiros que estão no Irã para a disputa de torneios de wrestling aguardam orientações da embaixada do Brasil no país para saber os próximos os em meio aos ataques de Israel.

Angelo Café, Thalyson Macedo e Pedro Henrique Rodrigues conversaram com a Confederação Brasileira de Wrestling (CBW) durante a tarde de ontem. A entidade, logo que a guerra foi deflagrada, havia feito contatos com o adido militar e com a embaixada, e aguarda atualizações.

Os atletas estão em Xiraz, local que não foi atingido pelo bombardeio inicial de Israel, mas há um temor de que o espaço aéreo seja fechado diante do atual cenário de conflito, o que tornaria o retorno ao Brasil uma incógnita.

Eles viajaram a convite da federação iraniana e estão no hotel onde a competição foi realizada — inclusive, lutaram ontem — e em segurança, segundo pessoas que falaram com eles.

A "Takhti Cup" aconteceu entre a última quinta-feira e ontem. Os brasileiros também participariam de mais um torneio, marcado para a próxima semana, mas ainda há dúvidas quanto à realização e presença nesta segunda agenda.

O Irã é um dos países com mais tradição no wrestling, principalmente na luta greco-romana. Ao todo, atletas de 12 países foram convidados para os torneios.

Israel bombardeou o Irã na noite de quinta-feira (horário de Brasília; madrugada de sexta, no horário local). Barulhos de explosões foram relatados na capital, Teerã, e no entorno, segundo a agência de notícias iraniana Nour.

Israel disse na madrugada de sexta-feira (horário local) que completou o "ataque inicial" contra o Irã, sem detalhar se fará novas fases. As FDI (Forças de Defesa de Israel) afirmaram que a operação foi contra "dezenas de alvos militares" e instalações relacionadas ao programa nuclear do Irã.

O Irã disse que o ataque israelense às bases nucleares do país deixou 78 pessoas mortas. O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, também afirmou que mais de 320 pessoas ficaram feridas. A maioria das vítimas era de civis, incluindo mulheres e crianças.

O Irã revidou os ataques. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém. Militares americanos ajudaram Israel a defender a cidade de Tel Aviv e outros pontos atacados pelo Irã, segundo a Casa Branca.

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