Comunidade LGBT de Seul se reúne para festival anual após eleição de presidente liberal
SEUL (Reuters) - O Festival Anual da Cultura Queer de Seul foi realizado neste sábado na capital sul-coreana, após o país eleger um novo presidente liberal, embora tenha enfrentado protestos simultâneos contra as celebrações do orgulho LGBT.
Embora a comunidade tenha feito alguns avanços rumo à maior aceitação na sociedade coreana, grupos religiosos conservadores ainda resistem aos esforços para aprovar leis contra a discriminação, e não há reconhecimento legal de parcerias LGBTQ+.
As autoridades municipais negaram repetidamente os pedidos de liberação do espaço para o festival do ano ado, antes de finalmente concederem a autorização.
"O slogan da 26ª edição do Festival de Cultura Queer de Seul é que nós nunca paramos", disse Hwang Chae-yoo, que coordenou o evento.
"Durante o último... governo, o ódio contra a homossexualidade e a comunidade LGBTQ+ se intensificou, levando a políticas que muitas vezes ignoravam pessoas LGBTQ. Por isso expressamos nossa vontade de nunca desistir e continuar lutando pelos direitos humanos", disse Hwang.
A Coreia do Sul elegeu neste mês o presidente liberal Lee Jae-myung em uma eleição extraordinária, após o conservador Yoon Suk Yeol ser destituído por impeachment.
Embora Lee não tenha declarado explicitamente suas posições sobre questões LGBT durante a campanha, sua eleição levou ao otimismo entre alguns membros da comunidade de que as condições podem melhorar.
Um protesto contra o festival também foi realizado neste sábado, em um local próximo no centro de Seul. Participantes seguravam cartazes azuis e rosas com frases como "Pare a homossexualidade" e "Destrói famílias". Não houve confrontos.
(Reportagem de Dogyun Kim e Yeonbin Park)